Autobiografia

 

  

O meu Percurso Escolar

 

Lembro-me que decorria o ano de 1974, quando entrei para a escola, tinha eu na altura 7 anos de idade. Da 1ªclasse até ao 6º ano (antigo 2º ano do Ciclo Preparatório) tudo correu bem. Sempre excelentes notas. Mas no 6º ano, reprovei e tive de o repetir novamente. De seguida passei para o 7º e depois para o 8º sem nenhum problema ou dificuldade. Quando cheguei ao 8º ano Unificado, em 1982, com 14 anos de idade, foi então que comecei também a trabalhar. Então, ao tentar conjugar o trabalho com a escola, é que tudo se complicou e reprovei. Ao repetir o 8º ano, pedi para ser colocado no turno da noite, isto, para tentar melhorar o meu aproveitamento escolar e ao mesmo tempo o meu rendimento laboral, mas, mesmo assim, não consegui e voltei a reprovar o ano.

Foi então, decorria o ano de 1985 e tinha eu na altura 16 ou 17 anos, que decidi desistir da escola e dedicar-me apenas e somente ao trabalho, pois na altura os meus pais atravessavam uma grave crise financeira e eu sentia-me na obrigação de os ajudar nas despesas do lar.

Na minha memória, ficou uma linda e bela recordação de todo o meu percurso de aprendizagem escolar. O Abecedário com todas as suas vogais e consoantes, a aprendizagem da escrita e leitura, os ditados, as cópias, as redacções, os números, a tabuada, as contas de somar, subtrair, dividir e multiplicar… Enfim, foram lindos os tempos da Primária. Mais tarde, o Ensino Preparatório e o Secundário também me trouxeram muitas novidades para o meu Universo de aprendizagem. Foi muita a matéria absorvida pelo meu pequeno cérebro na altura ainda muito jovem, mas que ainda hoje consigo recordar, quase toda, em áreas e disciplinas como a Língua Portuguesa, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Físicas e Químicas, História de Portugal, Biologia, Geografia, Educação Visual, Trabalhos Manuais e Oficionais, Electrotecnia, Educação Física, Inglês, Francês, Música e Religião e Moral. Foram bons e muito didácticos os meus tempos de escola.

   

O meu Percurso Profissional

 

Em 1982, com 13 ou 14 anos de idade, comecei a ajudar o meu pai na oficina onde ele trabalhava. Na altura desempenhei as funções de ajudante de bate-chapas e ajudante de mecânico. Era uma oficina de chapa, pintura e mecânica geral de automóveis, scooters, motos e bicicletas, situada na cidade do Barreiro, minha cidade natal, onde eu nasci e cresci.

Nos finais de 1983, fui trabalhar para uma fábrica de pastelaria, onde desempenhei a função de ajudante de Mestre Pasteleiro, na confecção de pastelaria variada.

No dia 2 de Janeiro de 1985, comecei a trabalhar como Praticante de Caixeiro de 2ª classe, numa firma com o nome de “MotoVespa, L.da”, na cidade do Montijo. A minha função era a de atendimento ao público na venda de motos “Gilera”, scooters “Vespa” e bicicletas de variados modelos e fabricantes, e também na venda de peças e acessórios para as referidas marcas de velocípedes.

Em 1988, iniciei um part-time nocturno, num restaurante, onde desempenhei a função de empregado de mesa. Na altura e durante um ano, consegui conjugar bem os dois empregos. De dia, Caixeiro de 2ª e à noite empregado de mesa no Restaurante “O Telheiro” no Montijo.

A 16 de Janeiro de 1989, tive de responder à chamada Militar. Fui então colocado no Regimento de Engenheira n.º 1, na Pontinha, onde fiz a recruta básica. De seguida fui colocado na Chesmati (Chefia de Material Informático do Exército) em Campolide, onde tirei a recruta de Especialização. Depois, fui para os Ralis, no Lumiar, onde fiz a Escola de Cabos e finalmente fui colocado no Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA), no Centro de Audiovisuais da Divisão de Relações Públicas (CAV/DIRP), no Restelo, onde fiquei até 19 de Janeiro de 1990, data em que terminei a tropa. As minhas especialidades na tropa, foram as de;

 

Projeccionista de Cinema

Sempre que tínhamos visitas de altas patentes das Forças Armadas internacionais ao nosso país, tinha de projectar fitas de filmagens feitas na Guerra do Ultramar, em salas de Auditórios preparadas para o efeito.

 

Auxiliar de Cinema e TV

Por vezes, quando havia acontecimentos Militares de alta importância, tínhamos de nos deslocar aos locais com o nosso carro Reggie e com todo o equipamento para fazermos a cobertura do acontecimento. Muitas das vezes, transmitíamos em directo para os estúdios da RTP e a minha função era a de assistente do Realizador, dentro da viatura, na difusão de imagens e som via satélite.

 

Operador de Câmara

Sempre que havia treinos militares no campo ou pequenas simulações de cenários de Teatro de Guerra nos exteriores e interiores dos quartéis, éramos chamados para fazer as captações de imagens, para mais tarde as mesmas serem tratadas em estúdio e daí resultarem pequenos filmes documentais ou mesmo anúncios para mais tarde serem enviados para as estações de televisão para servirem de propaganda de incentivo aos jovens concorrerem aos diversos ramos das Forças Armadas.

No final da especialização, foi-me dado um Diploma de Projeccionista de Cinema , com 16 valores, numa escala de 0 a 20.

Acrescento ainda, que na altura, entre 140 formandos, a minha nota, foi a segunda mais alta, o que me deu entrada imediata à Escola de Cabos e que de entre 16 soldados, eu fui o único que saí como 1º Cabo, 13 saíram como 2ºs Cabos e 2 reprovaram no curso.

Durante o tempo em que estive na tropa, depois de ter acabado a recruta e a escola de Cabos, assim que passei a Pronto (nome que se dá aos soldados depois de jurarem, pela bandeira Nacional, defenderem a Pátria), uma vez que a minha especialidade não me obrigava a fazer serviços de vigilância ou piquetes ao Quartel e que tinha a facilidade de vir todos os dias a casa, continuei a fazer o meu part-time como empregado de mesa, à noite, no Restaurante “O Telheiro”.

Em Janeiro de 1990, quando acabei o serviço Militar, comecei a tempo inteiro num outro restaurante, o Restaurante “Casa das Enguias”, no Montijo, como empregado de mesa. Mas foi por pouco tempo, cerca de cinco meses, porque logo a seguir, surgiu-me a oportunidade de emigrar para a Suíça.

           

Desde 16 de Junho de 1990 até 5 de Abril de 1992, trabalhei no restaurante do “Hotel Panorama”, no Kanton Graubuden, nos Alpes Suíços. Desempenhei então as funções de ajudante de cozinheiro.

Durante este tempo da minha vida, quase dois anos, aprendi muita, mas muita coisa nova. Aprendi a confeccionar alguns pratos da cozinha Italiana, Suíça e Francesa. Aprendi coisas sobre a tradição e cultura dos Alpes. Aprendi também a falar o Alemão e o Italiano e desenvolvi um pouco mais o Francês que tinha aprendido na escola.

Em meados de Abril de 1992, cheguei ao Algarve pela primeira vez. A minha ideia, na altura, era passar aqui quinze dias de férias e voltar para a Suíça, mas, fiquei tão fascinado que arranjei logo aqui um emprego e daqui já não sai mais até hoje.

O meu primeiro emprego, foi em Albufeira, na Pastelaria “Martinique” de Santa de Eulália, como empregado de balcão. Passado um ano, fui promovido a empregado de mesa e em 1995, passei a Chefe do turno da noite. Continuei com este emprego até 1998. Esta actividade ajudou-me imenso a desenvolver o meu Inglês e um pouco do Alemão.

Em Fevereiro de 1998, surgiu-me a oportunidade de ir para o mundo das vendas. Abracei imediatamente esta oportunidade com os dois braços. Dediquei-me a 100% à actividade de Vendedor e Angariador Imobiliário na Agência Imobiliária “Iberus, L.da” e a vida começou-me a correr como eu sempre tinha desejado.

Neste emprego, em questões de aprendizagem, ensinou-me muitas coisas novas. Ensinou-me a lidar com os assuntos burocráticos da papelada a nível de Finanças, Conservatória, Câmara, Notário, Bancos e Advogados. Ensinou-me a saber lidar com os diversos tipos e caracteres de clientes. Ajudou-me imenso a desenvolver ainda mais os diversos idiomas de Inglês, Alemão, Italiano e Espanhol.

A função de um Vendedor e Angariador Imobiliário é a de tentar conseguir produto de venda junto dos proprietários que estejam interessados em colocar as propriedades no mercado. Para isso é sempre necessário, primeiro, fazer uma visita ao imóvel, apontar todos os detalhes acerca do mesmo, fazer uma reportagem fotográfica, conseguir toda a documentação da propriedade e do ou dos proprietários, nomeadamente fotocópias dos bilhetes de identidade ou passaportes, números de contribuinte, certidão de registo da propriedade, caderneta predial, licença de habitabilidade, plantas da fracção e planta de localização. Estes documentos são sempre necessários para a elaboração de um contrato de mediação em que a Mediadora se compromete a tentar conseguir um interessado na compra dos referidos imóveis e o proprietário se compromete a nos pagar a comissão que fique estipulada no referido contrato. De seguida procedesse á sua publicidade. Insere-se o imóvel na base de dados do escritório e elabora-se uma ficha de montra para que a propriedade fique exposta nas vitrinas para visualização dos possíveis compradores. Por vezes também é inserida numa ou em várias páginas de Internet ligadas à empresa Mediadora para uma melhor consulta a nível mundial por potenciais compradores nacionais ou estrangeiros. Sempre que aparece um cliente interessado na aquisição de uma propriedade, é dever do Vendedor tentar saber pormenorizadamente qual o tipo de propriedade que ele pretende adquirir e a partir daí então, mostrar-lhe todas as propriedades que correspondam aos requisitos pedidos por ele para que depois de seleccionadas, se possa proceder à sua visita. No caso de ele se interessar mesmo por uma das propriedades mostradas e querer avançar para o negócio, é dever do Vendedor acompanhar o cliente desde o início até ao fim do negócio, tratar de toda a documentação a nível de registos, finanças, bancos e outros papéis e por fim acompanhá-lo na celebração da Escritura de Compra e Venda no Cartório Notarial.

Em Dezembro de 2006, a Agência Imobiliária “Iberus, L.da”, para fazer frente à crise que já se previa há algum tempo, associou-se à “Engel & Völkers”, uma empresa líder no sector imobiliário internacional, com mais de 330 lojas em 29 países dos 5 continentes e em plena expansão em Portugal. 

E é nesta empresa que eu me encontro ainda hoje e na qual eu tenho obtido os melhores resultados em termos profissionais e que me fazem sentir um verdadeiro Profissional de Sucesso.

As minhas Actividades Extra-Profissionais

Desde 1980 até 1988, fui sócio da Sociedade Columbófila Barreirense, onde dei sempre o meu melhor contributo de ajuda para com esta colectividade. Durante este período aprendi bastante. Consegui compreender e dar a minha definição sobre o que é este desporto. Columbofilia é a Arte de criar Pombos-Correios, com fins desportivos. O seu fundamento baseia-se na capacidade, inata, que estas aves possuem em voltar ao seu pombal, quando postos em liberdade, a grandes distâncias do mesmo. De acordo com esta capacidade de orientação, com o treino a que se submete e o seu amor ao ninho, ao cônjuge, ao seu pombal e ao seu próprio treinador, percorre estas distâncias em maior ou menor tempo.

Em 2003, tornei-me sócio da Associação de Caçadores e Pescadores do concelho de Albufeira, pois desde os meus 16 anos que sou caçador e antes disso, com os meus 6 anos, já acompanhava o meu pai e os seus amigos em grandes jornadas de caça. Nesta Associação, tenho aprendido alguns valores cívicos e morais, tais como, a Fauna Selvagem deve ser preservada para as gerações presentes e futuras pelo seu valor ecológico, económico, estético, cultural e educativo e que a caça pode ser considerada como um elemento importante de gestão da Fauna Selvagem, com a condição de respeitar as necessidades ecológicas das espécies e dos equilíbrios biológicos.

 

Os meus Passatempos e Actividades de Tempos livres

Tal como já foi mencionado no tópico anterior, gosto muito de Caçar. Sempre que abre a Época Venatória, adoro ir com os meus amigos para os campos e matos e realizar excelentes jornadas de caça. Acho um desporto muito saudável e salutar nas boas relações de amizade sempre em contacto com a natureza.

Adoro viajar. Em 1990, quando fui trabalhar para a Suíça, foi a primeira vez que sai de Portugal. Fiquei maravilhado com tudo o que vi nessa minha primeira grande viagem. Quando lá cheguei, prometi para mim mesmo, que todos os anos, pelas minhas férias, iria sempre visitar um sítio diferente. Então, desde 1990 até hoje, já vi quase toda a Europa. Conheço Portugal inteiro, desde o Minho ao Algarve, conheço quase toda a Espanha, Andorra, norte e sul de França, Mónaco, todo o norte de Itália, incluindo a maravilhosa cidade de Veneza, todos os cantos da Suíça, o Condado de Liechtenstein, Áustria e toda a zona do Tirol até à cidade de Viena, República Checa com a sua linda capital, Praga.

A Alemanha, já a percorri de norte a sul e de este a oeste, incluindo a zona da Baviera com a sua magnifica Munique, na Holanda já estive nas cidades maravilhosas de Amesterdão, Roterdão e Maastricht. Já passei pela Bélgica e Luxemburgo. Já visitei todo o País Basco em Espanha.

As minhas três últimas Viagens, foram à Rússia. Na primeira vez que lá fui, em 2004, apanhei um comboio em Moscovo e rumei direito ao sul. Foram 26 horas de viagem neste comboio. Vi coisas deslumbrantes e paisagens inigualáveis. Vi todo o sul deste lindo país, o Mar Negro, as montanhas do Cáucaso e a sua imponente e magnífica cidade de Krasnodar. Foram 21 dias de estadia neste país. Da segunda vez, em 2005, estive lá outros 21 dias, conheci então a capital da Rússia, Moscovo com a sua Praça Vermelha, a Catedral de São Basílio, o Mausoléu de Lenine e estive dentro dos Muros do Kremlin. Da terceira vez, em 2007, foram mais 42 dias passados no sul deste magnífico país. Estive nas cidades de Sochi, Tuapse, Anapa e Krimsk e novamente em Krasnodar. Ao total das três visitas, foram 12 semanas (84 dias) de estadia neste território da antiga União Soviética, o que contribuiu imenso para a minha aprendizagem da língua Russa. Hoje, posso dizer que sei um pouco mais do que os conhecimentos básicos deste idioma. Para a próxima, quando visitar novamente este magnífico país, espero ir conhecer o norte, São Petersburg e a zona da Sibéria até aos Montes Urais.

Todas as minhas viagens, excepto estas três últimas, foram todas sempre feitas de carro, com o meu velhinho Mercedes-Benz 190D 2.0 de 1987, meu fiel companheiro em tantas e magníficas viagens, pois eu adoro percorrer as estradas deste nosso Velho Continente, a nossa velhinha Europa com tantos cantinhos ainda por redescobrir.

 

Outro dos meus hobbies ou passatempo, é navegar na Net. Considero-me um verdadeiro Cibernauta. No meu local de trabalho, utilizo muito a Internet, mas apenas a nível profissional porque o computador e a Net são dois instrumentos de trabalho fundamentais para a minha profissão. A nível pessoal e privado, é em casa, no meu “Cantinho”, que devoro horas e horas a fio de leitura nos mais diversos sites desta verdadeira maravilha que é a Internet.

Outra das minhas Actividades de Tempos Livres é a Fotografia. Adoro muito fazer fotografia e a minha pequena câmera anda sempre comigo para todo o lado, principalmente nas alturas das férias.

 

As minhas Formações

No início de 2006, frequentei um Curso de Formação Inicial para o Exercício da Actividade de Angariação Imobiliária, no qual obtive aprovação com zero erros num exame de vinte perguntas. Foi-me passado um Certificado de Formação.

Desde Outubro de 2006 até Fevereiro de 2007, frequentei um processo RVCC (Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências) do Centro Novas Oportunidades dado pelo IEFP (Centro de Formação Profissional de Faro), em que as áreas chave deste processo eram Cidadania e Empregabilidade, Linguagem e Comunicação, Matemática para a Vida e Técnicas da Informática e Comunicação. Fui aprovado na Apresentação ao Júri em 23 de Fevereiro de 2007 e foi-me entregue o Diploma do Ensino Básico (9º Ano de Escolaridade) em 27 de Julho de 2007.

De 2 de Julho até 7 de Julho de 2007, fiz um Curso Intensivo com um total de 48 horas na Real Estate Academy da Engel & Völkers em Barcelona, Espanha, em que englobava as áreas de Marketing (serviços de pré e pós venda), Informática (Intranet e Internet), Psicologia (Transaction Analysis) e Serviços Administrativos (relação com proprietários e clientes) (figuras 18 e 19. Curso este que terminei com sucesso e que me foi passado um Certificado de Participação.

Logo após obter o Diploma do Ensino Básico (9º Ano de Escolaridade), tratei logo de fazer a inscrição para continuar o Processo RVCC, mas desta vez para o Ensino Secundário (12º Ano de Escolaridade), o qual já me encontro a frequentar desde Fevereiro deste ano (2008).

Foram vários os anúncios que vi e ouvi tanto na televisão como na Internet acerca da Iniciativa das Novas Oportunidades proposta pelo programa de Governo do actual Primeiro-ministro e que me incentivaram imenso para que eu assim pudesse ver reconhecidas, validadas e certificadas academicamente, todas as competências e os conhecimentos que adquiri ao longo da minha vida, nomeadamente nas áreas de competência chave de Cidadania e Profissionalidade, Sociedade Tecnologia e Ciência e Língua e Comunicação.

 

A minha breve Conclusão

 Para concluir esta minha pequena Autobiografia, apenas vos digo que todos os dias, todos nós aprendemos. Desde a mais tenra idade em aprendemos a gatinhar até à idade mais avançada em que aí, temos tempo mais do que suficiente para então reflectirmos sobre toda a nossa vida e a aprendizagem que tirámos dela e então sim, … Chegamos à conclusão que a Escola da Vida, essa sim, é a Fonte da nossa Sabedoria!

 

 

 

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